O olhar de cinco fotógrafos franceses sobre Portugal é o tema de uma exposição organizada pelo ICEP - Investimentos, Comércio e Turismo de Portugal, inaugurada hoje na Fundação Gulbenkian, em Paris.
Chama-se «Cadernos de viagens» a mostra que abre hoje ao público até 20 de Dezembro, composta por 40 imagens e dividida em vários temas: passantes, festa, caminhos, devoção, torres, mar, naves e segredos em pedra.
Os autores da fotografias são Bruno Barbier, Pierre Hausherr, Michel Maliarevsky, Thierry Perrin e Philippe Renault e resultaram de diversas viagens que fizeram a Portugal, em trabalho ou de férias.
O director de turismo do ICEP em Paris, Miguel Fialho de Brito, disse à Agência Lusa que «foi possível descobrir uma série de coincidências em várias fotografias, além dos clichés, como as praias soalheiras ou os azulejos, que permitiu que fossem dispostas por sequências temáticas».
Nestas sequências é possível encontrar, por exemplo, no tema «Os Passantes» um desfile de professores da Universidade de Coimbra, em fato de cerimónia, ou uma imagem evocativa das invasões napoleónicas no Buçaco, com vários homens vestidos com uniformes franceses.
Ou, no tema «As festas», observar-se a festa dos tabuleiros em Tomar, o fogo de artifício de S. João no Porto ou simplesmente uma casa pintada de azul forte por ocasião da Lisboa 94, Capital Europeia da Cultura.
Algumas das fotografias fazem parte de uma exposição itinerante, que circulou em várias localidades francesas, a pedido de associações ou instituições, mas Fialho de Brito sublinha que, pela grandeza e sequência, esta iniciativa é inédita em França.
O responsável do ICEP espera que as imagens sejam uma «alavanca de promoção turística», pois é essa a sua função primordial.
Por seu lado, a Gulbenkian em Paris (na foto), que costuma albergar frequentemente exposições no espaço do Centro Cultural Português em Paris, viu nesta iniciativa uma oportunidade para continuar a política de parcerias que mantém com várias instituições francesas e portuguesas, disse à Lusa o director da fundação na capital francesa, Francisco Bettencourt.