O Ministério da Cultura vai pagar 70 por cento das dividas que tem com o Instituto do Cinema, Audiovisual e Multimédia até ao final do ano. O presidente e o vice-presidente do instituto demitiram-se, recentemente, devido à crise financeira.
O Ministério da Cultura anunciou hoje que vai pagar, até ao final deste ano, 70 por cento das dívidas aos produtores de cinema e outros profissionais do sector, que ascendem a um total de 4,4 milhões de euros (887 mil contos), incluindo contratos ainda não assinados.
O Ministério da Cultura (MC) revela, num comunicado enviado hoje à Agência Lusa, que «vai cumprir os compromissos em dívida» ao Instituto do Cinema, Audiovisual e Multimédia (ICAM) até ao final de 2002, efectuando um pagamento total de 2.773.806 euros (556 mil contos).
Os agentes do sector do cinema e audiovisual, sobretudo produtores e realizadores, têm vindo a pedir um plano de emergência para o pagamento destas dívidas que consideravam estar a impedir a concretização de dezenas de projectos.
Ainda no mês de Novembro, o Ministério da Cultura conta efectuar o pagamento de 1.266.880 euros (cerca de 254 mil contos), e em Dezembro 1.506.925 euros (cerca de 302 mil contos), num total de 2.773.806 euros (cerca de 556 mil contos).
O MC avança ainda que o restante será pago «o mais tardar nos primeiros meses de 2003», e que o ICAM deverá apresentar ainda durante a primeira semana de Dezembro um calendário de pagamento deste remanescente.
Por outro lado, será autorizada a abertura dos concursos apoiados pelo ICAM que ainda se encontravam bloqueados devido às dificuldades financeiras do instituto.
A crise financeira vivida no ICAM foi um dos motivos que levou a anterior direcção do instituto, liderada por Pedro Berhan da Costa, a pedir a demissão. Elísio Cabral de Oliveira é o novo presidente.