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Jóias da coroa portuguesa roubadas do Museu de Haia

O Governo português quer acreditar que ainda é possível recuperar as várias peças com diamantes roubadas, este fim-de-semana, do museu de Haia. Entre as peças roubadas encontra-se um anel de D.Miguel e dois diamantes em bruto.

Portugal tinha emprestado quinze peças do acervo do museu do Palácio Nacional da Ajuda entre quais se contava um anel de D.Miguel e dois diamantes em bruto, peças de valor calculado em vários milhões de euros.

Esta terça-feira, em conferência de imprensa, o ministro da Cultura disse que depois deste episódio, algumas peças portuguesas não voltam a ser emprestadas.

Entre as quinze peças portuguesas roubadas contam-se seis peças das jóias da família real portuguesa com valor incalculável.

É a primeira vez que são roubadas peças pertencentes ao conjunto das jóias da família real portuguesa, conjunto acumulado ao longo da história monárquica de Portugal.

O roubo aconteceu no domingo à noite, mas só terça-feira é que o Governo português revelou pormenores.

As peças roubadas são um diamante em bruto de 35 quilates - um dos maiores do mundo -, um castão de bengala em ouro e brilhantes, um anel em ouro e brilhantes, uma gargantilha de brilhantes e dois alfinetes/brincos de trevo em ouro, diamantes e brilhantes.

«Perda lamentável para Portugal»

O ministro da cultura Pedro Roseta classificou o roubo como uma «perda lamentável para Portugal» e por isso mesmo será revista a política de empréstimo a museus.

As autoridades holandesas já revelaram que foram profissionais que fizeram este roubo. A Interpol está a investigar o caso.

Com as informações recebidas do museu holandês já foi possível a directora do museu da Ajuda, Isabel Silveira Godinho, dizer que os ladrões sabiam exactamente onde estavam as jóias tendo roubado os diamantes mais valiosos da exposição.

As peças portuguesas têm sido louvadas como das mais preciosas do ponto de vista gemológico, ou seja, do ponto de vista da qualidade dos diamantes.

Além do valor histórico são peças consideradas de valor inestimável, tanto que o ministro até recusou fazer uma avaliação aproximada da perda em causa e até do valor dos seguros das peças.

Pedro Roseta justificou que existe um compromisso com as autoridades e com as seguradoras no sentido de não prejudicar as investigações.

Neste momento, a própria directora do museu do Palácio Nacional da Ajuda vai a caminho de Haia para acompanhar o processo de perto.

As jóias portuguesas estavam inseridas numa exposição intitulada «Diamante: da pedra bruta à jóia», uma exposição que tinha sido inaugurada em Outubro e que estava previsto decorrer até Março.

Redação