«Circo», a nova peça do Teatro da Garagem, fala do desencanto e da esperança de um povo português. No meio dos malabarismos, o Circo conclui que «nem tudo vai mal em Portugal». Para ver até dia 3 de Agosto, no Poço do Bispo.
«Sim, é aqui mesmo (na rua) que começa a peça... depois, lá dentro, podem pegar na cadeira e mudar de sítio sempre que quiserem, para ver melhor o que se passa», explica um dos membros da organização.
Lá ficámos, no passeio, à espera que o «pano» subisse. De repente, as portas da garagem abrem. Para a rua saltam trapezistas, meninas de andas, palhaços... uma explosão de truques trapalhões.
Terminada a algazarra, o público encaminha-se para o interior do Teatro da Gargem. Na segunda parte esta peça fala de desilusões, amores trágicos, a busca da felicidade, o sentido da vida.
E a terceira parte leva o público até ao primeiro andar. Lá em cima, espera-nos uma história de amor. Uma história de amor que permite continuarmos a acreditar que vale a pena viver.
A viver num Portugal cujo passado recente não é empolgante, e cujo presente é difícil, porque é difícil viver, trabalhar e acreditar neste país. Mas afinal, «Nem tudo vai mal em Portugal!», exclamam malabristas, contorcionistas e outros artistas do circo, já no final.
As actuações são de terça-feira a domingo, às 22:00, no espaço da Garagem, rua Afonso Annes Penedo, Poço do Bispo, Lisboa. A peça está em cena até 3 de Agosto.