Um grupo internacional de poetas, editores e artistas propõe-se executar um atentado poético cuja arma é a literatura. O objectivo é assinalar o segundo aniversário do 11 de Setembro.
Uma das iniciativas para marcar o 11 de Setembro organizado por um grupo internacional de poetas é espalhar milhares de livros por zonas públicas, livros marcantes que contribuíram para mudar formas de pensar, que honrem a liberdade do homem e celebrem a memória das vítimas de todos os atentados.
O poeta Pedro Tamen, em declarações à TSF, disse aguardar com expectativa este «atentado».
«Espalhar livros é sempre uma coisa boa, seja lá como for ou com que intenções, só merece aplausos, mas o que mais me impressiona é o lado provocatório do acto, de provocar o cinzentismo da vida quotidiana com algo de inesperado que ainda por cima se faz com um objecto que cada vez menos é procurado», afirmou Tamen.
Os organizadores deste prometido atentado poético para o dia 11 de Setembro são escassos em informações limitam-se a anunciar que este atentado poético vai acontecer em várias cidades.
O poeta Albano Martins acolhe com surpresa esta iniciativa.
«A poesia em principio não é um atentado, não se apresenta como uma agressão, pelo contrário á algo que suaviza, por isso a ideia merece alguma reflexão», disse.
No entanto, Albano Martins considera importante honrar a liberdade, «a poesia é sempre um acto de liberdade, nesse aspecto é uma ideia bonita», acrescentou.
Um atentado poético a acontecer de Bruxelas a Florença, de Paris a São Francisco às 13:46, dia 11 de Setembro, na hora do embate do primeiro avião contra uma das torres do World Trade Center, em 2001.