Vasco Graça Moura apresentou, esta segunda-feira, a sua lista para a direcção da Sociedade Portuguesa de Autores, auto-proclamada de «continuidade». Entre as promessas da lista A, está a realização de uma nova auditoria às contas da SPA.
Vasco Graça Moura (na foto) encabeça uma lista que inclui nomes como José Saramago, Mário Cláudio, José Fonseca e Costa ou mesmo Carlos Pinto Coelho, uma lista que se diz sempre pelos autores e que se assume na linha da anterior direcção da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA).
No início do ano levantaram-se suspeitas de gestão danosa e de desvios de dinheiro durante o mandato de Luís Rebello.
Graça Moura lembra que há ainda investigações a decorrer e que quaisquer irregularidades têm, antes de mais, que ser provadas.
«Nós partimos do principio da boa fé», disse Graça Moura. «Enquanto não provarem, por exemplo, que a Sra. jornalista atropelou alguém na passadeira eu acho que não atropelou. Se me provarem que atropelou então aí acho que tem de sofrer as consequências», adiantou o escritor.
Para Graça Moura, «esta lista não se sente solidária com anomalias que tenham porventura existido, agora, o que diz é que elas têm de ser provadas».
Graça Moura quer nova auditoria
O escritor diz que a investigação das finanças já terminou e sublinha que desconhece o relatório mas avança que não foi detectada nenhuma irregularidade. No entanto, ainda estão a decorrer os inquérito da Segurança Social e da PJ.
Esta lista confia nos resultados das investigações, mas mesmo assim vai pedir uma nova auditoria, por isso, Graça Moura pede «transparência».
«Independentemente dos resultados das investigações, a nossa lista entendeu que devia incluir no seu programa a realização de uma auditoria financeira e pensamos que com quatro indagações destas índoles certamente que se alguma anomalia se verificar, ela não deixará de ser detectada», disse o escritor.
A lista de Graça Moura e Saramago admite também que é preciso conter as despesas da SPA, mas considera uma «ilusão» reduzir, por exemplo, os salários ditos «chorudos» dos administradores, quanto mais não seja porque a lei não o permite.
A lista A é a primeira a apresentar-se às eleições de 15 de Setembro para a nova direcção da Sociedade Portuguesa de Autores.