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Miguel Graça Moura continua à frente da Orquestra

Miguel Graça Moura vai manter-se à frente da Orquestra Metropolitana de Lisboa, pelo menos até Dezembro de 2004. A permanência do maestro foi decidida, esta terça-feira à tarde, em Assembleia Geral, por 14 votos a favor e 11 contra.

Miguel Graça Moura (na foto) tinha sido acusado de ter gasto milhares de contos em roupas, jóias e hotéis, mas o maestro diz-se de consciência tranquila e desafia quem o acusa a promover as auditorias necessárias.

«Quem não deve não teme», disse Graça Moura, logo a seguir a dizer que se sente «pelo menos com a consciência tranquila», apelando a que «façam as auditorias todas que quiserem».

«Sinto-me, obviamente, reconfortado por a maioria, apesar das expressões de todo o tipo, desde os bastidores, até golpes baixíssimos como aquele artigo, não vacilaram», adiantou o maestro. «A apreciação deles sobre o meu trabalho continua a ser suficientemente positiva para me quererem cá».

Maestro quer reabilitar Orquestra

«Só temos de, daqui para a frente, provar à opinião pública, que não era a cabeça do maestro que era a mais importante, mas sim a obra, e cumprir os nossos compromissos», sublinhou Miguel Graça Moura.

O maestro explicou à TSF que já tinha mostrado a sua disponibilidade para abandonar o lugar, caso «os Srs. continuarem a querer abandonar o barco por eu ainda cá estar», isto porque «não quero que a obra feche por minha causa, mas nunca sob chantagem, isso não», adiantou.

Miguel Graça Moura reconhece que agora é preciso reabilitar a imagem da orquestra que foi afectada por esta polémica.

Quando questionado sobre a forma como o vai fazer, o maestro respondeu que «esperando que a tempestade amaine, que a comunicação social se preste talvez menos levianamente a vincular apenas um dos lados deste conflito».

Orquestra pode ter mais baixas

No entanto, seis dos sete elementos do Conselho Superior de Promotores (constituído pelo maestro, Câmara Municipal de Lisboa, Ministérios da Cultura, Educação e Trabalho, bem como secretarias de Estado da Juventude e do Turismo) ameaçam abandonar o projecto da AMEC.

A AMEC (Associação Educação, Música e Cultura) é o organismo que gere a Orquestra Metropolitana de Lisboa. Agora, a eventual saída dos seis membros da AMEC poderá pôr em risco a sobrevivência da mesma.

Redação