As administrações públicas têm registado um crescimento no investimento em cultura, desde 1990. As famílias têm também investido mais na cultura e lazer.
Segundo uma publicação do Instituto Nacional de Estatística(INE), «Portugal Social», um estudo que traça a evolução do país na última década, Portugal tem investido 1,2 por cento do Produto Interno Bruto(PIB), sendo um dos países europeus que mais investiu em cultura e o único que não teve nenhuma quebra de investimento desde 1997.
De acordo com o INE, no ano de 2000, cada agregado familiar investiu em média 663 euros em cultura e lazer, contra os 484 euros em 1995.
Dentro das actividades culturais preferidas pelos portugueses, destaca-se o cinema que tem vindo a ter uma adesão crescente desde 1995. Em 2001, por exemplo, foram feitas 450.201 sessões de cinema em contraste com as 7.203 de teatro, 3.020 de concertos e bailados e 114 sessões de ópera.
Os museus não foram visitados por 70 por cento dos portugueses em 1999. As bibliotecas no mesmo ano registaram apenas uma visita de cerca de 15 por cento da população.
Este factor é explicado pelas estatísticas que indicam que Portugal é dos países europeus que menos lê. Segundo a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros(APEL), que cita dados da Federação dos Editores Europeus(2001), 41,1 por cento dos portugueses tinha lido um livro nos últimos 12 meses, valores apenas aproximados pela Itália onde 51,3 por cento fizeram o mesmo.
O INE afirma que 58 por cento dos portugueses lêem jornais e 54 por cento lêem revistas. Em 2000, a revista com maior tiragem média era a «Roda dos Milhões» e a «Maria», e nos jornais semanários destacavam-se o «O Expresso» e o «O Crime».
As razões da pouca leitura é apontada pelos portugueses pela falta de tempo e de interesse.
Os tempos livres dos portugueses é passado maioritariamente a ver televisão, a jantar fora com a família e fazer visitas a amigos.
Existe actualmente uma televisão em 97 por cento das casas portuguesas, que abrange 99 por cento da população.