artes

Ilegalidades vão ser denunciadas ao Ministério Público

As alegadas ilegalidades cometidas na Orquestra de Lisboa vão ser denunciadas ao Ministério Público, segundo anunciaram as entidades públicas do Conselho Superior de promotores da associação que gere a Orquestra Metropolitana de Lisboa.

Aquelas entidades públicas referem que vão entregar ao Ministério Público as alegadas provas das ilegalidades cometidas pelo maestro Graça Moura.

A decisão foi tomada por seis dos sete membros do Conselho Superior da Associação Música, Educação e Cultura (AMEC), juntamente com a Câmara Municipal de Lisboa, ministérios da Educação, da Cultura e da Segurança Social, e ainda com as secretarias de Estado do Turismo e da Juventude.

Os seis membros do conselho da AMEC emitiram um comunicado onde consideram que há «factos e actos susceptíveis de serem imputados à direcção, designadamente ao maestro Miguel Graça Moura, que se afiguram lesivos do interesse da AMEC e violadores da lei».

Os responsáveis enviaram as informações disponíveis para a Procuradoria-Geral da República e para o Tribunal de Contas, a quem pedem agora para «actuar em conformidade com as suas competências».

Associados também vão ser informados

O documento refere ainda que as informações sobre as alegadas ilegalidades serão do conhecimento de todos os associados da AMEC para «esclarecimento» e que se pretende criar uma nova estrutura «com atribuições semelhantes às da AMEC».

A polémica na Orquestra Metropolitana de Lisboa iniciou-se há 14 meses quando o autarca de Lisboa, Pedro Santana Lopes, pediu uma auditoria à associação, depois de ter recebido um dossier sobre as alegadas irregularidades. Os promotores que suportam a quase totalidade dos custos decidiram suspender o financiamento, caso a actual direcção se mantivesse à frente da instituição.

A proposta para uma nova direcção, que destituiria Miguel Graça Moura, viria entretanto a ser chumbada, pelo que o maestro se manteve à frente da associação.

Redação