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Músicos querem maestro na rua

Na Orquestra Metropolitana de Lisboa reina grande insatisfação. Os músicos e os alunos fizeram um ultimato ao maestro: ou sai ou os músicos deixam de trabalhar.

Os músicos e os alunos da Orquestra Metropolitana de Lisboa fizeram um ultimato a Miguel Graça Moura:; ou sai ou os músicos deixam de trabalhar.

O maestro que tinha anunciado a saída para breve, não aceita ser empurrado e afirma que os músicos estão a ser manipulados.

«Prometeram-lhes que se conseguissem a minha saída nos próximos tempos, seriam imediatamente pagos os salários e se essa saída demorasse muito tempo, a Câmara e os outros parceiros queriam fazer uma outra coisa semelhante noutro sítio qualquer», afirmou Miguel Graça Moura.

A ideia de que os músicos estão a ser manipulados é rejeitada de forma categórica por Rui Mirra, o representante dos músicos da Orquestra Metropolitana de Lisboa.

«A atitude que os músicos tomaram não tem nada a ver com pressões ou qualquer tipo de maquinação. Durante um ano o maestro disse que no dia que a Orquestra pedisse para ele sair, sairia, e até agora isso não aconteceu», adiantou Rui Mirra.

«Esta tomada de posição simplesmente visou defender este projecto que sabemos que com o maestro Miguel Graça Moura não irá continuar», explicou.

Rui Mirra disse ainda, que os 160 funcionários daquela casa «não teriam qualquer lugar numa futura instituição», acrescentando que «já não têm os salários desde Agosto».

A partir de terça-feira faz-se silêncio na Orquestra Metropolitana de Lisboa. Os músicos não voltam a trabalhar enquanto o maestro Graça Moura não abandonar a Orquestra.

Redação