Os alunos da Orquestra Metropolitana de Lisboa vão tentar convocar uma nova assembleia geral que possa eleger uma nova direcção para a instituição, destituindo assim o maestro Miguel Graça Moura, que ficou isolado e recusa a demissão.
O maestro afirma que só uma assembleia geral o poderá destituir, pelo que os alunos estão a tentar convocar uma assembleia geral dentro dos próximos 15 dias. Miguel Graça Moura ficou isolado na direcção, depois de os restantes elementos se terem demitido, pelo que o seu cargo é agora apenas simbólico.
Com a demissão da direcção tem que ser convocada uma assembleia geral extraordinária para ser aprovada uma nova direcção, já que o maestro reiterou hoje mesmo que recusa demitir-se.
Os alunos esforçam-se por ultrapassar a situação e vão reunir com nove dos 14 promotores regionais que em Setembro apoiaram o maestro.
Alunos querem sensibilizar promotores regionais
António Jorge Nogueira, presidente da associação de estudantes, explicou à TSF que os alunos tentam sensibilizar os promotores para evitar que Miguel Graça Moura se mantenha à frente da Orquestra Metropolitana de Lisboa.
«Queremos sensibilizá-los para o que se passa dentro da instituição e gostaríamos de mostrar que o apoio ao maestro não será a atitude mais correcta a tomar, uma vez que há um processo a decorrer no Tribunal de Contas e na Procuradoria-Geral da República acerca da alegada má gestão de Miguel Graça Moura na instituição», afirmou António Jorge Nogueira, à TSF.
Os alunos receberam a informação de que o maestro pretenderia participar na reunião, mas garantem que não vão permitir que o maestro se sente à mesma mesa com alunos e promotores regionais.
Alunos fornecem viatura para «viagem sem regresso»
Nesta altura encontra-se um «piquete de alunos» à entrada do edifício da OML para impedir a entrada de Miguel Graça Moura na instituição.
Os alunos colocaram mesmo um veículo velho, com pneus vazios, à porta do edifício, chamando-lhe «viatura oficial» de Miguel Graça Moura, para que faça uma «viagem sem regresso».