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«À procura de Nemo» estreia em Portugal

Um dos filmes mais aguardados do ano - «À procura de Nemo» - estreia esta sexta-feira nos cinemas portugueses. Nos Estados Unidos, o filme estabeleceu um novo recorde de bilheteiras para um filme de animação durante a primeira semana de exibição.

Nemo é um simpático peixe-palhaço de cor dourada, que é capturado e levado para o aquário de um cientista em Sidney, na Austrália.

O pai de Nemo, Marlin, sendo o protagonista do filme, vai desencadear uma operação de resgate do filho e é em torno desta acção que o filme decorre. Marlin, que sempre se amedrontou com os perigos que existem nos mares, vai ultrapassar todos esses receios com o objectivo de encontrar e recuperar o seu filho que tanto ama.

O filme junta de novo dois nomes grandes do cinema de animação, os estúdios Disney e a produtora Pixar. Depois de «Toy Story» e de «Monstros e Companhia», surge «À procura de Nemo» em que os detalhes de cenários e as personagens estão cada vez mais bem conseguidos.

Inserida na quadra natalícia, esta história promete derreter corações, mas o filme tem desde uma história curiosa - nos locais onde já estreou as lojas de animais esgotaram o stock de peixes-palhaço (Ocellaris), a espécie de Nemo.

Entretanto, os defensores dos animais alertam para o facto de muitos comerciantes não estarem a avisar os compradores sobre quais os cuidados a ter com os peixes-palhaço.

São uma espécie barata mas muito frágil e exigem água morna e salgado e muito espaço para nadar. «Acima de tudo é necessário ter muita paciência e bom senso», refere Miguel Telles, da «Redfish», à TSF Online.

Peixe palhaço pode custar entre 20 a 25 euros

«É um processo demorado, não basta comprar um aquário e colocar lá os peixes», salienta Miguel Telles. Relativamente às precauções a ter em conta, o sócio da «Redfish» afirma que «os peixes-palhaço comem duas a três vezes por dia e em poucas quantidades, pois eles no seu habitat natural comem quando têm fome».

«Num aquário pequeno - com capacidade para 30 a 40 litros - que tenha uma bomba de circulação, rocha viva, um espanador e um termóstato, deve-se ter só um peixe palhaço mais um ou dois camarões», sublinhou frisando que se deve «trocar a água uma vez por semana».

Já num aquário de maiores dimensões é possível «ter mais peixes, desde que sejam compatíveis com o recife e não comam corais», explicou. «Fundamentalmente deve evitar-se o peixe Raia, Tubarão e Borboleta», acrescentou Miguel Telles.

«Um peixe-palhaço de cativeiro pode custar entre 20 a 25 euros, se for selvagem é mais barato (10 a 25 euros), disse. A diferença de preços tem a ver com o facto de um peixe em cativeiro já se encontrar adaptado ao seu habitat (aquário).

Aqua Decor 2003 na ExpoSalão

Relativamente ao «despertar da atenção» dos mais pequenos pelo peixe-palhaço, após a estreia do filme em Portugal, Miguel Telles afirma que ainda não «notou nada de diferente», mas que espera que «haja uma invasão».

Por ocasião da estreia nacional do filme «À procura de Nemo» em Portugal, mas sendo uma «coincidência» - como referiu Miguel Telles -, vai decorrer na ExpoSalão (Batalha) entre 6 e 8 de Dezembro a segunda edição da Aqua Decor, denominada Aqua Decor 2003, inserida na exposição de animais domésticos.

A segunda edição da Aqua Decor «vai servir essencialmente para tirar dúvidas» sobre a utilização dos peixes em aquário. Haverá um conjunto de palestras e debates, bem como um concurso em que participarão mais de 80 aquários e centenas de peixes.

Redação