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«TÁXI» com destino ao Natal

Com uma pitada de humor a temperar uma história que acontece na véspera de Natal, estreia esta quarta-feira a peça «TÁXI». Pressa, solidão e protestos também fazem parte do guião. No final de contas todos «pagam as favas», até o peru.

Pela primeira vez sobe ao palco «TÁXI», numa encenação de Frederico Corado, com paragem marcada de 17 a 22, pelas 21:30, no Auditório do Museu República e Resistência, em Lisboa, que neste mês de Dezembro abriu as portas ao teatro.

«Pensámos em algo que se adequasse àquele espaço que tem uma lotação de cerca de 80 lugares e normalmente está ocupado com conferências ou filmes», explicou à TSF Online, Maria Eduarda Colares, autora do texto.

A história, que decorre na véspera de Natal, entre às 18:00 e a meia-noite, desenrola-se através «de uma sucessão de corridas mais ou menos alucinadas pelas ruas de uma Lisboa que se agita, que se atropela, que desespera nos derradeiros preparativos para aquela que deveria ser a noite mais mágica do ano».

O espectáculo retrata o mundo dos passageiros que entram no táxi. Alegrias ou anseios, magia ou pressa, sonhos ou vazios interiores fazem parte da viagem.

«Estas festas provocam uma consciência maior da solidão em que vivem as pessoas numa cidade», salientou Maria Eduarda Colares.

Ao volante está o actor Victor Jorge, que como um taxista que se preze, vai escutando os protestos dos passageiros. Tudo e todos, incluindo a própria família, são alvo dos lamentos das gentes. Nem o peru (coitado!) escapa.

«Quando chega a hora de partilhar, é o stress que toma conta do momento, o que não significa que o Natal deixe de ser uma altura de esperança», considera a autora do texto.

Patrícia Adão Marques e Nuno Bernardo vestem a pele de 14 personagens diferentes, desde os executivos que vivem sem tempo para respirar até ao par de namorados sem pressa nenhuma, ao homem triste e solitário sem Natal ou o rapaz que vai ver o namorada, antes de ir ter com a família para festejar a consoada.

«A grande surpresa desta peça de teatro revela-se nas duas últimas personagens», adiantou Maria Eduarda Colares, mas para descobrir do que se trata o melhor mesmo é «apanhar» este «Táxi». O custo da viagem é de cinco euros.

Redação