Um aparatoso assalto à mão armada fez desaparacer do Museu Munch, em Oslo. os dois quadros mais famosos do pintor norueguês Edvard Munch: «O Grito» e «Madona». A polícia já está a investigar o roubo.
Os dois quadros mais famosos do pintor norueguês Edvard Munch, "O Grito" e "Madonna", foram roubados do Museu Munch, em Oslo, por um grupo de homens armados que irrompeu pelas salas de exposição.
Segundo a polícia norueguesa, um grupo de indivíduos armados ameaçou um funcionário com um revólver, mas ninguém ficou ferido. Os assaltantes acabaram por fugir num automóvel Audi A6
Um produtor de rádio francês, François Castang, visitava o museu na altura do roubo (cerca das 09:15 TMG). Em declarações à agência France Presse, Castang, explicou que os assaltantes irromperam pelas salas de exposição e retiraram rapidamente as duas telas.
«Os quadros estavam simplesmente presos à parede com arames. Bastava puxar com força para que se desprendessem e foi isso que vi os ladrões fazerem», explicou Castang, referindo a estranheza pelo facto do museu não ter nenhum meio de protecção especial para os dois quadros.
A polícia norueguesa, que demorou 15 minutos a chegar ao local, já disponibilizou todos os meios possíveis para encontrar os assaltantes e montou um controlo nas fronteiras. As molduras que envolviam os quadros já foram encontradas.
«O Grito» foi pintado por Edvard Munch (1863-1944) em 1893. A obra - vista como a manifestação da angústia e uma referência do expressionismo e simbolismo - é considerada a obra mais célebre da pintura norueguesa. O quadro apresenta um rosto tomado pelo terror sobre um fundo de formas oscilantes e cores berrantes.
O quadro tem quatro versões, três das quais na posse do Museu Munch. Uma - a que foi roubada - tem estado em exibição, enquanto as outras duas estão reservadas.
A quarta versão encontra-se na posse da Galeria Nacional de Oslo e também já foi alvo de um roubo, em Fevereiro de 1994. O quadro seria recuperado três meses mais tarde.