artes

Aborto e pedofilia em destaque

O aborto e a pedofilia são dois temas que marcam algumas estreias no Festival de Cinema de Veneza. «Vera Drak» a última obra do mestre do realismo britânico Mike Leigh conta-nos a história de uma mulher que fazia abortos na Inglaterra dos anos 50. Este filme é um dos sérios candidatos ao Leão de Ouro.

Subitamente Veneza foi abalada pelo tema da pedofilia. Alguns filmes causaram desconforto.

«Vera Drak», de Mike Leigh, é um conto sobre uma empregada doméstica que nos anos 50 fazia abortos sem cobrar dinheiro. É um dos favoritos ao palmarés do Festival de Veneza.

«Palindromes» de Todd Solondz, o mesmo autor de «Conta-me histórias», apresenta uma visão seca da américa. Neste caso narra-se o percurso de uma jovem adolescente que foge de casa depois de um aborto. Pela estrada apaixona-se por um pedófilo e é acolhida por uma família de fanáticos religiosos.

«Birds», de Jonathan Glazer, apresenta igualmente um olhar sobre a pedofilia, embora de uma maneira subtil. O filme conta a história de uma mulher e um menino de dez anos que aquela julga ser a reencarnação do seu marido.

«Mysterous Skin» conta a história de duas infâncias marcadas por uma experiência sexual. Brian fica com tendência para perder a memória, desmaiar e sanfrar pelo nariz cada vez que se sente inseguro e Neil tem uma imperiosa vontade de vender o corpo. Uma história contada sem vulgaridade que provocou sensação nesta 61º edição do Festival de Veneza.

Redação