A austríaca Elfriede Jelinek ganhou este ano o Nobel da Literatura, anunciou a Academia Sueca. A escritora de 58 anos viu-lhe ser atribuído o galardão máximo da Literatura «pelo fluído das vozes e contra-vozes nos seus romances».
A escritora austríaca, Elfriede Jelinek, venceu este prémio «devido ao fluído de vozes e contra-vozes» que tem sido capaz de criar nos seus romances e a coragem para apontar o dedo aos «clichés sociais» e à subjugação ao poder.
Elfriede Jelinek, que sucede ao sul-africano J. M. Coetzee neste prémio, nasceu no dia 20 de Outubro de 1946 na cidade de Murzzuschlag, no sul da Áustria.
Como amante de música estudou no conservatório de música de Viena. Após ter tirado o diploma de fim de estudos, em 1964, seguiu o seu percurso pelo teatro e pela história de arte na universidade de Viena. Em 1971 obteve o diploma de organista no conservatório.
Até hoje apenas foram galardoadas nove mulheres num universo de 101 galardões atribuídos: Selma Lagerloef, Grazia Deledda, Sigrid Undset, Pearl Buck, Gabriela Mistral, Nelly Sachs, Toni Morrison, Nadine Gordimer e Wislawa Szymborska.
Além de um diploma e uma medalha, os laureados deste ano vão receber um prémio de 1,1 milhões de euros.
A entrega dos prémios acontece tradicionalmente em Estocolmo e Oslo, a 10 de Dezembro, dia do aniversário da morte de Alfred Nobel, pai da dinamite e fundador dos galardões, em 1896.