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Morreu Maria Rosa Colaço

A escritora, cronista e jornalista Maria Rosa Colaço morreu, esta quarta-feira, aos 69 anos. Ficou conhecida em particular pelos livros para crianças e pelas crónicas que durante 20 anos escreveu para o jornal «A Capital».

O corpo da escritora, que morreu vítima de doença prolongada, vai estar em câmara ardente na igreja de São João de Deus esta quarta-feira, sendo enterrado na localidade de Torrão (Alcácer do Sal), de onde natural, na quinta-feira.

A obra mais relevante «A Criança e a Vida» foi classificada por Urbano Tavares Rodrigues como um «milagre de pedagogia poética».

«O Espanta-Pardais», com a qual se estreou, bem como «Aventuras de João-Flor e Joana-Amor» foram outras das obras da autora, que ganhou o Prémio Soeiro Pereira Gomes (1982), pelo seu livro «Gaivota» e o Prémio Revelação de Teatro, por «A Outra Margem» de 1958.

A escritora, que também estudou enfermagem, foi professora do ensino básico em Cacilhas e leccionou também em Moçambique, tendo defendendo durante a sua vida a importância da leitura no desenvolvimento e educação da criança.

«Perde-se alguém que fez muito pela literatura infantil e com um forte compromisso por uma sociedade mais justa», afirmou José Jorge Letria.

O vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Autores lamentou a morte da escritora com quem tinha uma «relação fraterna e cordial», ainda para mais porque morreu «triste e amargurada».