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Paula Rego bate recorde de visitantes na primeira quinzena

A exposição de pintura de Paula Rego foi a mais vista de sempre nos primeiros 15 dias no Museu de Serralves, no Porto. Em duas semanas, mais de 30 mil pessoas visitaram a mostra.

O Museu de Serralves refere, num comunicado emitido esta terça-feira, que sábado e domingo a instituição bateu outro recorde, ao receber o maior número de visitantes num fim-de-semana (7.300), exceptuando a inauguração e o aniversário do museu.

Esta grande afluência foi justificada também pela inauguração, este fim-de-semana, de três novas exposições, «Susan Hiller: Revocar. Obras escolhidas 1972-2004», «André Guedes: outras árvores, outro interruptor, outro fumador e uma peça preparada» e «Time Clash - Tacita Dean, Douglas Gordon e Steve McQueen na colecção da Fundação de Serralves».

A exposição de Paula Rego em Serralves, inaugurada a 15 de Outubro e patente até Janeiro de 2005, reúne cerca de 150 obras, um terço das quais nunca antes mostradas ao público, apresentando trabalhos diferentes daqueles que estiveram, em 1997, expostos no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

O pincel/pastel é a forma que a pintora diz ter para expressar as suas ideias e defender as suas causas, na esperança que «algum dia» os seus quadros façam diferença e alertem consciências.

A viver em Londres, a pintora diz acompanhar a actualidade portuguesa através de jornais e de «coisas» que os amigos lhe enviam.

Paula Rego, que nasceu em Lisboa em 1935, confessou ficar «espantada» com a sua crescente visibilidade e disse acreditar que talvez o facto de o público perceber e seguir as suas histórias tenha contribuído para a sua notabilidade.

Paula Rego recusa ser considerada «uma contadora de histórias», afirmando-se uma pintora que aborda «assuntos» através do acto de fazer quadros.

Para a artista, Serralves é o melhor sítio para mostrar as suas obras e «o local mais bonito» onde alguma vez expôs, talvez pelo facto de se tratar de um grande espaço, o que «permite ver melhor as obras, que é sempre melhor do que falar».