artes

Sigur Rós e a música que vem do frio

Este sábado no Coliseu do Porto e amanhã no Coliseu de Lisboa, os Sigur Rós apresentam o quarto álbum de originais, num concerto com música que vem do frio.

Aqueles que já tiveram oportunidade de os ouvir e ver ao vivo sabem que um concerto dos Sigur Rós é algo de envolvente e inesquecível.

De novo em Portugal com «Takk», o quarto álbum, na bagagem, os islandeses pretendem demonstrar até que ponto o gelo pode queimar.

Inventores de um novo dialecto de esperança - o «hopelandish» - a banda convida-nos a viajar até Reiquejavique, a cidade onde se formaram em 1994.

Todos adolescentes na altura, o guitarrista e cantor Jón Birgisson, o baixista Georg Holm e o baterista Ágúst (substituído mais tarde por Oridyrason e finalmente por Óvar Gunnarsson) apostaram-se em fazer uma música catárquica e brilhante como o gelo da Islândia banhado pelo sol.

Ora encantatórios, ora aparentemente frágeis, os Sigur Rós, tiveram em Von (de 1997) o álbum de estreia e neste «Takk» (que significa "obrigado" em português) intimistas combinações de baixo, piano, bateria, vocalizações, coradas e alguns metais.