artes

Poesia em maratona de 24 horas

Fernando Pessoa morreu há 70 anos. Esta quarta-feira a obra do grande poeta do século XX será revisitada numa maratona de poesia que começa às 13 horas no Teatro Azul, em Lisboa, para só terminar 24 horas depois.

Para além de Pessoa e seus heterónimos foram também convocados outros grandes poetas portugueses. «Uma festa das palavras» é o que propõe Nuno Miguel Henriques, fundador da companhia Teatro Azul.

O actor e encenador vai estar sozinho em palco durante 24 horas, em sessões contínuas.

«Não acho que seja nenhum milagre porque fazer poesia é muito mais difícil, roubar as palavras aos poetas, que é aquilo que faço, sou um ladrão de palavras e simplesmente o veículo, o táxi das palavras para as dar com alguma sedução e cor, é relativamente fácil», afirmou Nuno Miguel Henriques.

Para além da maratona de poesia no Teatro Azul, o dia fica também marcado pelo lançamento na Casa Fernando Pessoa do projecto Wordsong Pessoa, uma iniciativa pluridisciplinar que reúne 14 poemas musicados por Alexandre Cortez, Pedro D´Orey, Nuno Grácio e Filipe Valentim, com vídeos de Rita Sá.

A Casa Fernando Pessoa também organiza hoje, em conjunto com o Teatro Municipal São Luiz, no Jardim de Inverno do teatro, a partir das 16:00, uma leitura de poemas feita por escritores, actores, artistas e outras personalidades.

Sérgio Godinho, José Luís Peixoto, Gonçalo M. Tavares, Helena Matos, André Gago, Augusto Brázio, Maria Rueff, Virgílio Castelo e Graça Lobo são alguns dos escritores e artistas que responderam ao desafio da iniciativa.

Igualmente em Lisboa, a Galeria fp inaugura, às 18:30, a exposição «Mar Português» em homenagem a Fernando Pessoa, com um conjunto de obras de pintores cubanos, nomeadamente Arel, Bonachea, Eduardo Ruben, Frómeta, Garcia Peña, José Omar, Luís Ulieses e Zaida del Rio.