A Colecção de Arte Moderna de Joe Berardo vai ficar definitivamente em Portugal, no Centro Cultural de Belém. O acordo já foi confirmado pela ministra da Cultura. O modelo de gestão passa pela criação de uma Fundação semelhante à de Serralves
O primeiro-ministro José Sócrates garantiu esta semana, ao empresário Joe Berardo, que a sua colecção de Arte Moderna, constituída por mais de quatro mil obras, vai ficar em Portugal.
Segundo avança o jornal «Público», citando Joe Berardo, já existe um pré-acordo com o Centro Cultural de Belém (CCB) para que seja este o local definitivo onde vai ficar depositada a Colecção Berardo.
A ideia é criar um museu nacional de arte contemporânea que terá por base a Colecção Berardo.
Em declarações à TSF, a ministra da Cultura confirmou o estabelecimento de um primeiro acordo «em que ambas as partes se comprometem a criar, a partir do núcleo colecção Berardo, um museu de arte contemporânea que ficará sedeado no CCB».
Isabel Pires de Lima esclareceu que o modelo de gestão do futuro Museu de Arte Contemporânea/Colecção Berardo «será uma fundação em moldes semelhantes aos de Serralves, onde o ministério da cultura fará sempre uma participação muito significativa na gestão e também no orçamento e condicionamento do museu».
O semanário «Expresso», que também avança com a notícia, acrescenta que Fraústo da Silva, o presidente da administração do CCB, era contra a fixação do espólio do empresário no Centro Cultural de Belém e confessa que não foi «tido nem achado» na decisão governamental.
O processo contou com a intervenção directa do primeiro-ministro, depois de Joe Berardo ter ameaçado levar a sua colecção de arte contemporânea para o estrangeiro.