O actor, encenador e realizador Artur Ramos morreu esta segunda-feira em Lisboa, aos 80 anos. O funeral realiza-se quarta-feira. Luís Miguel Cintra recorda o artista como uma figura muito importante na sua própria carreira.
O funeral do encenador e realizador Artur Ramos, falecido hoje com 80 anos, realiza-se quarta-feira para o Cemitério do Alto São João, em Lisboa.
O funeral sairá às 11:00 do centro funerário de São Pedro de Alcântara, onde o corpo de Artur Ramos estará em câmara ardente a partir das 14:00 de terça-feira.
Nascido a 20 de Novembro de 1926, Artur Ramos foi o primeiro realizador efectivo da RTP, depois de ter sido responsável pelas emissões experimentais na Feira de Palhavã.
Na RTP dirigiu numerosas peças de autores como Tchecov, Carlos Selvagem, John Milligton Synge, Marivaux, Gervásio Lobato, Molière, Almeida Garrett, Gil Vicente, Calderón, Thorton Wilder, Oscar Wilde, Lope de Vega, Eugene O´Neill, Cervantes, Bernard Shaw, Mrozeck, Ribeiro Chiado, Luís de Sttau Monteiro, Alfredo Cortez, Marcel Pagnol, Miguel Rovisco, António Ferreira, entre outros.
Como realizador assinou os filmes "Pássaros de Asas Cortadas" a partir de uma obra de Luiz Francisco Rebello, e "A Noite e a Madrugada", a partir de um original de Fernando Namora, de quem adaptou para RTP "Retalhos da Vida de um Médico".
Enquanto encenador, deve-se a estreia em Portugal de "Os dias felizes" de Samuel Beckett, com Glicínia Quartin.
Ouvido pela TSF, o actor e encenador Luís Miguel Cintra recordou Artur Ramos como uma figura muito importante na sua própria carreira.
«Foi uma pessoa muito importante. No meu caso pessoal, foi uma pessoa a quem eu fiquei a dever a minha entrada no teatro profissional», disse.
Também o actor Raul Solnado lamentou a morte de Artur Ramos, com quem trabalhou «em diversos e excelentes trabalhos», tanto em televisão como nos palcos de teatro.