Voz prodigiosa, inigualável vigor e arrebatadores agudos transformaram-na na maior soprano Wagneriana do pós-Segunda Guerra Mundial. A cantora lírica Birgit Nilsson morreu aos 87 anos.
O funeral realizou-se hoje numa igreja da sua cidade natal, Vastra Karup, no sul da Suécia, segundo informou o padre, Fredrik Westerlund, que desconhecia quando é que a cantora morreu bem como a causa da morte.
Nascida aa 17 de Maio de 1918 em Vastra Karup, Nilsson brilhou nas salas de ópera de todo o mundo durante uma longa carreira, que começou com a sua estreia, em 1946, na Royal Opera de Estocolmo, como Agatha, em "Der Freischutz" (O Franco-atirador) de Weber e prosseguiu até meados da década de 80, altura em que se afastou dos palcos.
Birgit Nilsson cantou um vasto leque de papéis de soprano, mas a sua reputação fundamentou-se especialmente no seu domínio de alguns dos mais difíceis papéis do repertório de canto lírico, entre os quais o de Isolda, na ópera "Tristão e Isolda" de Wagner, que cantou na sua aclamada estreia na Metropolitan Opera de Nova Iorque, em 1959.
Birgit Nilsson ficará assim para a história como um soprano de excepção que interpretou com mestria os mais difíceis papéis durante uma longa carreira que lhe trouxe notoriedade mundial.