A gala de reabertura da Praça de Touros do Campo Pequeno, em Lisboa, decorreu esta terça-feira em clima de festa e música para cerca de 4800 convidados, alguns deles chegados em charretes.
A representar o Governo esteve a ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, que em declarações à Agência Lusa afirmou que a reabertura deste espaço «é um dia de festa que decorre de ter sido possível, através da sociedade civil, reabrir este espaço com muito mais valências».
«É uma valorização do património cultural e imóvel da cidade», referiu a ministra destacando que a praça de touros passa a ter «muito mais virtualidades acolhendo espectáculos de diversas naturezas».
Afirmando não ser uma aficionada Isabel Pires de Lima destacou que as touradas «são uma tradição portuguesa que importa preservar dentro das regras verdadeiramente tradicionais, que passam por não matar o touro».
Outro dos convidados presente foi o presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, que disse «estar muito satisfeito» com a reabilitação da praça de touros pela empresa Sociedade de Renovação Urbana do Campo Pequeno, administrada por madeirenses, e destacou a obra como «um grande triunfo da vida profissional» destes empresários.
Questionado sobre se gostaria de ter um equipamento deste tipo na Madeira, João Jardim referiu que as touradas não são uma tradição no arquipélago. «As nossas touradas são outras», ironizou.
No local, a presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, Paula Teixeira de Cruz (PSD), classificou a obra como «uma adaptação do espaço aos tempos».
«A cidade está cheia de espaços mortos e património mal cuidado. Espero que este seja um bom exemplo da adaptação de um espaço a uma época numa altura em que estou muito preocupada com os projectos que existem para os espaços históricos», referiu a autarca sem, no entanto, especificar.