O turco Orhan Pamuk foi agraciado com o Prémio Nobel da Literatura de 2006. Assim, a Academia Sueca decidiu premiar um escritor conhecido pela defesa das causas arménia e curda.
O prémio Nobel da Literatura de 2006 foi atribuído, esta quinta-feira, ao turco Orhan Pamuk, que assim sucede a Harold Pinter galardoado com esta distinção em 2005.
O comité Nobel justificou o galardão atribuído a este turco de 54 anos que «ao procurar a alma melancólica da sua terra natal encontrou novas imagens espirituais para o combate e entrelaçamento de culturas».
Pamuk foi o primeiro autor muçulmano a condenar a fatwa imposta ao escritor Salman Rushdie e recentemente esteve a contas com problemas com a justiça do seu país por causa de insultos à «turquicidade».
O escritor foi mesmo qualificado como renegado pelos seus detractores na Turquia após ter lembrado a morte na Turquia de um milhão de arménios durante a I Guerra Mundial e de 30 mil curdos, em décadas mais recentes, o que foi considerado um «insulto aberto à nação turca».
Nascido em 1952, Orhan Pamuk notabilizou-se por obras como «A Cidadela Branca» e «O Livro Preto», ambos publicados em Portugal, pela Editorial Presença.
Esta editora pretende também lançar proximamente outras duas obras do autor: «A Vida Nova» e «Neve».