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Sonhos «programados» revelam memórias

Cientistas consideram que o organismo pode usar o sono para armazenar memórias que poderão ter aplicação no futuro. Uma experiência inovadora com um grupo de voluntário a jogarem o famoso jogo «Tetris» foi reveladora e fundamental para esta conclusão.

Uma experiência inovadora no mundo dos sonhos levou o cientistas a concluir que o organismo pode usar o sono para armazenar memórias que poderão ter aplicação no futuro.

Assim, um grupo de voluntários, incluindo cinco pessoas sem a capacidade de armazenar memórias a longo prazo, foram postas a jogar o clássico jogo «Tetris». Este envolve peças de diferentes formas em rotação e queda, para que se encaixem nos espaços deixados em aberto pelas anteriores.

Muitos dos voluntários revelaram que sonharam com o jogo na noite seguinte, vendo as peças a caírem e a rodarem.

Os cinco «amnésicos» não tinham qualquer memória de que tinham jogado o jogo quando questionados na manhã seguinte, e ao contrário dos seus parceiros, nunca melhoraram a sua «performance» durante o jogo, dia após dia.

No entanto, três dos cinco revelaram que tinham tido sonhos que pareciam relacionados com o «Tetris». Mas, para eles esses sonhos tinham uma característica surreal quando comparados com os «não-amnésicos».

Robert Stickgold, psiquiatra da Escola de Medicina de Harvard, que conduziu a investigação, afirma que acredita que o cérebro usa os sonhos como uma forma de arquivo de memórias do dia anterior e que «os sonhos são uma forma corporal de clarificar o que vai na mente».

Redação