Os desafios éticos e jurídicos que colocam as ciências da vida vão estar em discussão na reunião do Comité Internacional de Bioética entre 07 e 09 de Novembro. Um debate que tentará concluir, ainda,o estatuto das células embrionárias.
Os desafios éticos e jurídicos que colocam as ciências da vida vão estar em discussão na reunião do Comité Internacional de Bioética (CIB) da UNESCO, em Quito, entre 07 e 09 de Novembro.
O CIB, organismo criado em 1993 para estudar as implicações éticas e jurídicas das manipulações genéticas e da investigação sobre o genoma humano, trabalhando também em defesa do acesso aos avanços da biomedicina em matéria de vacinas e terapias, tanto nos países desenvolvidos como em desenvolvimento, e presidido pelo professor japonês de direito Rychi Ida, vai começar por analisar os aspectos éticos das investigações sobre as células-mãe embrionárias, num debate em que os 36 membros do comité vão concluir se é preciso considerar as referidas células como embrionárias ou se o seu estatuto é diferente.
Segundo a agência da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), o segundo tema em discussão pelos membros do comité analisa a solidariedade e a cooperação internacional entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento sobre o genoma humano e propõe algumas medidas para reforçá-la.
Uma das sessões do encontro será consagrada ao estudo dos aspectos económicos da investigação sobre o genoma humano, à luz das mais recentes descobertas, destacou a UNESCO.
Os peritos do CIB vão examinar também os últimos avanços da investigação, em particular em matéria de neurociências e de envelhecimento, assim como as perspectivas abertas para a sequenciação do genoma humano.
Por outro lado, o Comité vai consultar as associações de doentes sobre os princípios incluídos na Declaração Universal sobre o Genoma Humano, elaborada em 1997.
O presidente do Comité italiano de Bioética, Giovanni Berlinguer, vai, também, dirigir uma mesa redonda sobre a educação em bioética, na qual vão participar, entre outros peritos, o director do departamento de Ciências da Vida na Universidade de Califórnia, Myriam Cotler, e o professor de filosofia da Universidade das Filipinas, Fernando Lolas Stepke.