O número de mortos vitimados pela febre hemorrágica causada pelo vírus ébola no norte de Uganda subiu para 60. Segundo a Organização Mundial de Saúde o surto deverá durar entre dois e três meses.
O número de mortos vitimados pela febre hemorrágica causada pelo vírus ébola, no norte de Uganda, um surto que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) deverá durar entre dois a três meses, subiu ontem para 60.
Segundo o porta-voz da OMS, Valery Abramov, a província de Gulu registou mais cinco mortes e o número de casos detectados também subiu, passando de 160 para 165, sendo de esperar novas ondas de febre.
«Ainda estamos no meio de uma onda», disse Abramov, acrescentando que se «esperam três ou quatro ondas, o que significa que o surto poderá prolongar-se por outros dois meses e meio, ou mesmo três».
«O público foi informado de que a situação está sob controle» disse por sua vez o Ministério de Saúde de Uganda. «Não há motivos para pânico», reiterou a fonte.
A OMS afirmou, ainda, que os diversos casos suspeitos encontrados num campo de refugiados do norte do Uganda, a 40 quilómetros de Gulu, deram resultado negativo.
Todos os casos confirmados até agora são da região de Gulu, situada a 352 quilómetros ao norte de Kampala, a capital.
Não há cura conhecida para a febre, que é transmitida através do contacto humano. Os sintomas da doença, que causa hemorragias intensas, incluem febre, fraqueza, dor de cabeça, dores musculares e abdominais, garganta inflamada, seguido de vómitos, diarreia e hemorragias.
O período de incubação do vírus ébola, cuja origem exacta é desconhecida, é entre dois e 21 dias, de acordo com a OMS.
O ébola já causou 793 mortes entre 1100 casos registados desde que o vírus foi descoberto em 1976, na República Democrática do Congo.