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Astrónomos descobrem mini-Plutão

Astrónomos venezuelanos e norte-americanos descobriram um novo objecto em órbita do sol, menor do que um planeta mas maior que os asteróides conhecidos. O objecto com cerca de 597 quilómetros de diâmetro, possui cerca de um quarto do tamanho do planeta Plutão.

Uma equipa de astrónomos, chefiada por Gustavo Bruzual, do centro de astronomia da Venezuela, e Charles Baltay da Universidade de Yale descobriram o EB173, o objecto é uma bola de rocha e gelo com cerca de 597 quilómetros de diâmetro, cerca de um quarto do tamanho do planeta Plutão.

O objecto foi classificado como um planeta menor, como milhares de outros asteróides e cometas do nosso sistema solar. Mas este é, no entanto, o segundo em tamanho, apenas ultrapassado pelo asteróide Ceres, que tem 940 quilómetros de diâmetro e está em órbita entre Marte e Júpiter.

Os astrónomos reconhecem oficialmente nove principais planetas. O EB173 é pequenos demais para ser enquadrado nessa categoria.

Localizado a 5,8 bilhões de quilómetros da Terra, o EB173 é parte da cintura de Kuiper, que orbita o sol, localizado perto de Neptuno.

Os investigadores acreditam que a cintura de Kuiper é composto por milhares de pequenos objectos gelados. O primeiro desses objectos foi descoberto em 1992, e desde então foram encontrados mais 150 outros, alguns deles com até 96 quilómetros de diâmetro e diversos outros, incluindo o EB173.

Plutão foi descoberto por Clyde Tombaugh, em 1930. Muitos astrónomos acreditam que, se fosse descoberto hoje, seria classificado como um planeta menor da cintura de Kuiper.

O facto de conhecer bem a cintura de Kuiper dá oportunidade aos investigadores de saber mais sobre a formação da Terra e outros planetas.

Estes objectos gelados dentro do cintura preservam bem os primórdios do sistema solar, formado há cerca de 4,5 biliões de anos.

Os cientistas também acreditam que a cintura de Kuiper é a fonte de cometas, como o Halley, que periodicamente passam pela órbita da Terra em volta do sol. A descoberta deverá ser relatada na publicação Astronomical Journal Letters.

Redação