Um novo método, que poderá dar uma ajuda crucial no tratamento de Parkinson, foi hoje anunciado por investigadores japoneses. Os cientistas asseguram ter criado quantidades suficientes de dopamina.
Um grupo de cientistas japoneses anunciou hoje ter encontrado um novo método de tratar e substituir órgãos e tecidos, o qual poderá ajudar pacientes com a doença de Parkinson.
Com os testes efectuados em ratos, os investigadores asseguram ter criado quantidades suficientes de dopamina- substância responsável pela comunicação entre os neurónios, que, em geral, se encontra em baixas quantidades nos portadores do mal de Parkinson.
Até ao momento, o tratamento padrão é feito com levodopa, droga que ajuda a aumentar os níveis de dopamina - substância sem a qual os neurónios não transmitem mensagens ao corpo.
O estudo tem o apoio da empresa japonesa líder nos negócios de biotecnologia, Kyowa Hakko Kogyo, em conjunto com pesquisadores da Universidade de Kyoto e do Instituto para a Pesquisa Física e Química. A descoberta é de tal modo importante que as acções da Kyowa Hakko Kogyo disparam em flecha.
A produção de dopanima e a sua aplicação é crucial no tratamento da doença de Parkinson, mas até ao momento ainda não tinha sido descoberto um método de extracção da substância das células nervosas.
Os investigadores acreditam que esta nova técnica poderá ter um enorme sucesso no tratamento dos doentes com Parkinson.
As causas da doença de Parkinson são, até ao momento, desconhecidas. Sabe-se que a doença manifesta-se devido a factores genéticos e ambientais - que ainda estão a ser estudados pelos cientistas.
Devido ao parco conhecimento da ciência em relação aos factores de risco, não existe nenhuma medida preventiva que possa evitar o aparecimento da doença que, estima-se, atinge cerca de duas em cada mil pessoas. Em Portugal, estima-se que a doença afecte entre 10 a 15 mil pessoas.
O problema, que é crónico e progressivo, pode ocorrer em qualquer idade - o caso do actor norte-americano Michael J. Fox, por exemplo, com apenas 37 anos-, mas atinge principalmente pessoas acima dos 50 anos.
Os principais sintomas são tremor (de mãos, pés e queixo), rigidez muscular, redução da quantidade e velocidade dos movimentos e distúrbios de equilíbrio.