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Tecnologias da Informação a partir de hoje na FIL

Multinacionais do sector das Tecnologias da Informação e pequenas empresas portuguesas, que tentam contrariar a hegemonia dos gigantes informáticos, convivem na 17ª edição da Inforpor, que decorre até domingo na FIL, no Parque das Nações.

Segundo os responsáveis, a Inforpor'2000, constituída por 200 expositores, pretende ser um ponto de encontro privilegiado para os negócios das Tecnologias da Informação (TI), até porque as expectativas da organização apontam para 50 mil visitantes.

O objectivo é igualmente fazer da mostra um palco para demonstrações, apresentação de novidades e troca de ideias, porque se existem empresas cujos nomes facilmente se identificam, outras aproveitam a feira para mostrar quem são e o que fazem.

É o caso da estudar-na.net, uma empresa nacional sediada na Lousã que propõe uma solução integrada e completa de ensino à distância.

Nos últimos cinco anos, explicou o director geral da empresa, Rui Osório, foi desenvolvido um software de registo de conteúdos programáticos, onde os professores se inscrevem disponibilizando os resumos das suas aulas.

Os professores auferem uma percentagem de 30 por cento por cada aluno inscrito nos seus cursos. A inscrição pode custar entre os 5 mil e os 10 mil escudos.

Nesta altura estão já registados mais de 200 professores que recebem o software via correio electrónico e que depois passam a fornecer os conteúdos (que vão desde assuntos de informática a história e química) para o site da empresa e de outros associados, explicou.

Pode ser também criada uma página com um design próprio para determinado estabelecimento de ensino, personalizando o acesso ao site de formação à distância e tirando partido das potencialidades do estudar-na.net, afirmou Rui Osório, sublinhando a flexibilidade e as vantagens financeiras da solução da sua empresa.

Do outro lado da balança estão gigantes informáticos como a Microsoft e a Creative.

Se a primeira está presente ao longo de uma área de mil metros quadrados, a segunda aposta na apresentação de produtos que visam a área do entretenimento digital doméstico.

Cor, som, dispositivos informáticos espalhados por todo o expositor, dão conta da nova aposta do grupo e quase abafam o burburinho dos restantes expositores.

Por outro lado, a Microsoft aproveita a feira para lançar mundialmente na sexta-feira um conjunto de servidores que pretendem ser uma plataforma que responda às novas linguagens da Internet e à expansão do acesso à rede através de periféricos (telemóvel e computadores de bolso, por exemplo).

Em declarações à agência Lusa, a coordenadora da Inforpor, Teresa Vaz da Silva, explicou que o principal objectivo da feira este ano foi «tornar-se mais organizada e profissional», apresentando áreas específicas de interesse.

Tentando responder às necessidades dos dois tipos de público que visitam a feira (os profissionais que procuram novos produtos e serviços e o público consumidor), o certame está sectorizado em duas áreas: profissional e consumo.

Na mesma linha, foram criadas formas de animação e de promoção das empresas participantes. Exemplos disso são o Horário do Expositor, onde cada empresa é convidada a dinamizar acções de animação e divulgação, e que podem passar por concertos ou cocktails.

Foi também desenvolvido o conceito de CiberCafé. Por exemplo, no ciberCafé integrado no expositor da ONI, serão organizadas tertúlias com uma vertente lúdica e que contarão com as participações dos elementos do Programa da Manhã da Rádio Comercial, do programa 2001 da RTP e do semanário Expresso.

Existem ainda 24 quiosques multimédia que mantêm informados os visitantes que circulem pelos 3 pavilhões da feira.

As novidades estarão também disponíveis através do jornal da Inforpor, em versão on line e papel, uma produção de uma redacção do Expresso a trabalhar ao vivo no expositor do grupo Impresa.

Pela primeira vez, será igualmente organizado o Fórum Infor.com, um evento paralelo à feira e que vai reunir várias vozes e opiniões sob um mesmo tema: a nova economia digital.

Redação