Dois leões recém-nascidos de uma espécie que se pensava há muito desaparecida foram encontradas na Sibéria. Os cientistas julgam que descendem de um antigo felino da família «Cape» deixado na região por um circo.
Dois leões, com apenas três meses, de uma espécie que se julgava há muito extinta, foram encontrados na Sibéria, anuncia hoje a BBC.
Depois de terem sido descobertos e identificados estes animais foram transportados para o Jardim Zoológico de Novosibirsk, na África do Sul. Foi o director deste centro, Jonh Spence, que reconheceu os sobreviventes através de fotografias tiradas no local.
Os leões pertencem à sub-espécie «Cape» que os investigadores julgavam extinta desde o século XIX. Este tipo de felinos têm um corpo maior do que os outros leões e têm uma juba preta abundante, assim como as extremidades das orelhas negras.
O transporte destes animais para o continente africano relaciona-se com a tentativa de fomentar o desenvolvimento da sub-espécie «Cape» naquela região. Mas em breve vão voltar a casa, onde as temperaturas atingem os - 40 centígrados no Inverno.
Os pais dos leões recém-nascidos, a que os cientistas chamaram Simon e Rita, tiveram duas ninhadas este ano.
Desconhece-se como é que estes leões chegaram à Sibéria. Mas os especialistas em animais selvagens já avançaram uma hipótese: os pequenos leões que estão no Zoo da África do Sul descendem de um antigo felino que foi deixado por um circo na região há muitos anos.
Não é a primeira vez que são encontrados animais que se pensavam totalmente desaparecidos.
Os leões de estimação do antigo Imperador da Etiópia, Haile Selassie, que sobreviveram por longos anos no Jardim Zoológico de Addis Abadam, descendiam dos leões «Barbary», outra espécie que os investigadores tinham dado como extinta.