Cientistas norte-americanos descobriram uma forma de criar células vivas reprodutoras a partir de cadáveres humanos.
A equipa de Ronald McKay, do Instituto Nacional de Distúrbios Neurológicos e Cardíacos norte-americano, descobriram que cadáveres humanos podem fornecer células estaminais (com capacidade de se reproduzirem) capazes de se transformarem em células cerebrais e nervosas.
Anteriormente pensava-se que apenas era possível adquirir estas células a partir de tecido fetal. Sendo ainda uma possibilidade e não uma certeza, os estudos permitiram também descobrir a capacidade da pele e medula óssea criarem células equivalentes.
Segundo a explicação de Ira Black, da Universidade de Medicina de New Jersey,: «as células estaminais têm a capacidade de se reproduzirem e transformarem em células maiores e mais maduras.
Fred Gage do Instituto Salk, de Lajolla, California, utilizou pedaços de tecido morto de crianças e jovens adultos que morreram devido a doenças neurológicas. O seu laboratório adquiriu o tecido dez horas a três dias após a morte e em cada caso registou-se uma reprodução de células e sua posterior divisão em géneros diferentes.
Os investigadores também chegaram à conclusão que a partir de medula óssea é possível criar células, onde naturalmente se criaria cartilagem, músculo, osso ou tendão.
Os estudos concluem que há diversas formas acessíveis de criar células cerebrais produtoras de uma substância transmissora cuja a ausência provoca Parkinson.
Mas a questão que persiste agora é a capacidade de produzir células suficientes para a quantidade de indivíduos que delas necessitam. A ciência apenas consegue produzir para algumas das milhares de pessoas necessitadas, e por outro lado, as verbas têm diminuído para a investigação neste campo.