Do Brasil chega a hipótese de um novo método para o tratamento cirúrgico do cancro da mama. O método denomina-se, técnica cirúrgica/patológica de avaliação de margens e pretende preservar a mama, diminuindo nove vezes a reincidência da doença.
O tratamento foi desenvolvido por José Aristodemo Pinotti, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e director do Departamento de obstetrícia e Ginecologia do hospital das Clínicas.
O método denomina-se, técnica cirúrgica/patológica de avaliação de margens, e pretende preservar a mama, diminuindo nove vezes a reincidência da doença.
A sua inovação é a presença, durante a cirurgia, de um patologista que analisa o material da mama, após a retirada do tumor e verifica a possibilidade de novos focos cancerígenos.
Num estudo realizado com 52 pacientes, a equipa de Pinotti constatou que a cirurgia tradicional deixava tecidos doentes na mama em metade dos casos.
Este resquício aumenta a probalidade de reincidência da doença, mesmo com a realização de quimioterapia e radioterpia.
O novo método consiste em raspar a superfície do material retirado e do que ficou na mama, para depois ser analisado pelo patologista por meio microscópico e através de radiografias. Caso haja indícios de tecido doente, retira-se um pouco mais de material da mama, até que não se constate mais a presença do tumor.
Para Pinotti, a «cirurgia está a tornar-se menos agressiva», mas o novo tratamento só pode ser utilizado para tumores inferiores a três centímetros.
Em casos mais avançados de cancro de mama, é necessário recorrer à mastectomia total, o que reforça a importância da realização de exames de prevenção para um diagnóstico precoce da doença.