O planeta vermelho é destino dos astronautas para 2018. Em Madrid durante a abertura do XVI Congresso da Associação de Exploradores do Espaço, Marte foi estabelecido como o próximo grande passo para a humanidade.
A primeira missão tripulada a Marte, uma viagem de duração estimada em 115 dias, poderá partir a 6 de Maio de 2018, a data mais adequada tendo em conta cálculos matemáticos realizados sobre as órbitas.
Este é, pelo menos, o projecto da Agência espacial norte- americana NASA, dado a conhecer hoje em Madrid durante a abertura do XVI Congresso da Associação de Exploradores do Espaço.
A missão, a desempenhar por quatro a seis pessoas, vai desenvolver-se a bordo de uma nave construída com materiais inovadores que usará um novo combustível (hidrogénio hipercrítico ou plasma), permanecendo na órbita do planeta vermelho entre dois a três meses, acrescentou o físico e astronauta da NASA, Franklin Chang-Díaz.
O astronauta considerou que o projecto que a NASA dirige sobre a primeira missão tripulada a Marte será «fruto da cooperação internacional e da vontade política», duas componentes determinantes para a exploração do espaço.
O astronauta disse ainda que num laboratório da NASA, em Houston, Texas, existe já um protótipo de motor a propulsão apoiado em plasma e que a data de 6 de Maio de 2018 não é ficção científica, uma vez que se baseia em cálculos matemáticos.
«Todos os astronautas aceitariam fazer parte de tal missão», apesar de um voo a Marte implicar desafios como a longa distância e o tempo de exposição à ausência de gravidade e à radiação, «dois perigos para o ser humano», disse Chang-Díaz
Cerca de 80 astronautas que já empreenderam viagens espaciais em alguma ocasião participam neste congresso internacional que encerra sexta-feira em Valência.