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Governo cria unidade de ciber-polícias

O ministro do Interior do Governo de Londres, Jack Straw, anunciou hoje a criação de uma unidade de polícias de elite especializados na investigação de crimes na Internet. Os «ciber-polícias» vão detectar pedófilos na internet, piratas informáticos e até os vírus.

O ministro do Interior do Governo de Londres, Jack Straw, anunciou hoje a criação de uma unidade de polícias de elite especializados na investigação de crimes na internet.

A unidade, financiada com cerca de 25 milhões de libras (8,25 milhões de contos), vai dispor de 80 investigadores, sediados em Londres e em toda a Inglaterra nos comissariados regionais tradicionais.

Os «ciber-polícias» serão encarregados de detectar, por exemplo, pedófilos na internet, piratas informáticos e até os vírus.

Cerca de 40 detectives vão operar em Londres, na Unidade nacional de combate ao crime «high-tech». Os outros 46 serão integrados nas forças locais em toda a Inglaterra.

A unidade vai iniciar oficialmente os seus trabalhos em Abril de 2001 e vai reunir membros da polícia, das alfândegas e dos serviços de informação.

«O governo decidiu agir contra o crime 'online', com o objectivo de fazer do Reino Unido o local mais seguro para se desenvolver o comércio electrónico», afirmou Jack Straw.

«As tecnologias modernas como a Internet oferecem enormes possibilidades legais mas também muitas oportunidades para os criminosos e implicados em fraudes financeiras e actividades ilegais como a pedofilia», sublinhou.

Os fundos destinados à nova unidade serão também utilizados para financiar uma linha telefónica internacional que vai operar 24 horas por dia e que fornecerá informações sobre o cibercrime.

Segundo os últimos números oficiais, publicados em Setembro, o Reino Unido conta com 19 milhões de cibernautas e 60 por cento das empresas que estão na «Web» já sofreram ataques de piratas informáticos.

Em Portugal, desde 1992 que a Polícia Judiciária (PJ) possui agentes especializados para este tipo de crimes, mas só em 1998 foi criada a Secção de Investigação de Criminalidade Informática e Telecomunicações, integrada na Direcção Central de Combate à Corrupção de Fraudes e Infracções Económico-Financeiras, actualmente com 13 agentes.

Números oficiais indicam que o crime informático em Portugal triplicou em 1999, em relação ao ano anterior.

«Em 1999 deu-se um crescimento exponencial do número de crimes informáticos, cerca de 320, contra os 104 registados em 1998», disse à Lusa uma fonte da PJ.

Redação