Um mercado europeu de autorizações de emissão de CO2 poderá arrancar dentro de três ou quatro anos. O objectivo é dar às empresas a hipótese de reduzirem a poluição ou então comprarem cotas de poluição a outras empresas.
Um mercado europeu de autorizações de emissão de dióxido de carbono poderá arrancar dentro de três ou quatro anos, ficando com um quarto das emissões de poluição de gás carbónico na União Europeia, ou 1 bilhão de toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano.
À margem da Conferência de Haia, Jean-Pierre Bourdier, director para o ambiente da Electricité de France (EDF) apresentou uma simulação de mercado designada de UNIPEDE (União Internacional de Produtores e Distribuidores de Energia Electrica) com 40 empresas, onde foram incluídos pesos pesados da poluição na Europa como a Elf e a BP.
O princípio do mercado é dar a escolher às empresas a hipótese de reduzirem a poluição, adquirindo tecnologia que permita a redução das emissões de CO2, ou então comprarem autorizações de emissão de poluição a outras empresas que tenham conseguido reduzir a sua poluição.
Segundo Bourdier, esta bolsa europeia deverá movimentar 100 bilhões de francos, cerca de três milhões de contos, em transacções (considerando que uma tonelada de CO2 vale 100 francos, ou três mil escudos. O comércio internacional de créditos de emissão deve arrancar em 2008. Já existem mercados de CO2 nos Estados Unidos, no Canadá e no Japão. No próximo ano, arrancam mercados na Inglaterra e na Dinamarca.
Os gases que resultam em efeito de estufa (especialmente o CO2) são responsáveis pelo aquecimento do planeta, o que provoca inundações, desregulações climáticas e desertificação.