Segundo um estudo agora apresentado, as tripulações aéreas têm mais probabilidades de vir a sofrer de cancro por estarem expostos a maiores radiações. O risco de sofrerem de cancro da pele é duas vezes superior.
Cientistas do Departamento de Serviços de Saúde da Califórnia apresentaram um estudo que mostra que as tripulações aéreas têm mais probabilidades de virem a sofrer de cancro.
O estudo apresentou o dobro da incidência do melanoma do cancro da pele e uma incidência 30 por cento superior relativamente ao cancro da mama.
A World Health Organisation (WHO) pede uma pesquisa mais aprofundada acerca dos riscos de cancro de quem voa, apesar de este ser considerado o maior estudo sobre os riscos de cancro entre as tripulações dos aviões.
As investigações devem agora incidir sobre o porquê de alguns índices serem tão altos e no futuro devem também ser tidas em conta as diferenças de estilo de vida, assim como as potenciais ocupações de risco.
A WHO diz ainda que o voar está ligado com o risco de cancro, muito provavelmente pelas variações forçadas dos ritmos cardíacos e que atravessar vários fusos horários desregula a produção da hormona melatonina.
A melatonina é um anti-oxidante que protege o DNA, e se houver menor quantidade desta hormona, o risco de danos no DNA é mais provável.
Apesar deste estudo, o perito em aviação, DR. Ian Perry, diz que há uma tendência para culpar os aviões e que não acredita que haja alguma coisa relacionada com os aviões. «é mais provável que esteja relacionado com os estilos de vida e com as dietas irregulares ao longo dos anos. Estas pessoas vão mais vezes a lugares exóticos e apanham mais sol por ano do que uma pessoa normal, daí o maior risco de cancro da pele.», diz.
Este relatório vai ainda ser revisto por outros cientistas antes de ser publicado oficialmente nos Estados Unidos.