Uma equipa internacional de cientistas descobriu um micróbio com origem provável do espaço. O micróbio foi descoberto nas camadas superiores da atmosfera.
Um micróbio que poderá ter origem espacial foi descoberto por uma equipa internacional de cientistas.
Esta bactéria viva foi recolhida a uma altitude de cerca de 16 quilómetros por um balão científico e deverá ter sido depositada na nossa atmosfera por um cometa que tenha passado próximo da terra.
Este microorganismo não é comparável a nenhum outro conhecido na Terra, mas os cientistas querem que os detalhes se mantenham confidenciais até terem a certeza de que a sua origem é extraterrestre, de acordo com Chandra Wickrmasinghe, um reconhecido cientista da Universidade de Cardiff, no País de Gales.
A reacção da NASA
O centro de pesquisas da NASA já reagiu cautelosamente ao relatório no seu «site» de astrobiologia, dizendo que esta descoberta vai-se deparar com muito cepticismo na comunidade científica.
A Nasa declara que os «aerobiologistas podem argumentar que 16 quilómetros não é uma altura suficiente para haver vida na Terra, mas aparentemente Chandra Wickrmasinghe aceita esta hipótese».
No entanto, a Nasa afirma que a hipótese, de microorganismos serem transportados no espaço por cometas e meteoros, é viável. «Uma descoberta recente comprovou que os microorganismos podem «hibernar» por milhões de anos, o tempo suficiente para viajar de planeta para planeta».
As críticas ao estudo
Entretanto, houve críticas ao estudo que descobriu este micróbio que dizem que o balão já estaria contaminado em terra. Wickrmasinghe afirma que a experiência teve controlo rigoroso, mas admite a possibilidade de uma bactéria terrestre ter sido projectada a para grandes altitudes, uma vez que já foram encontrados fungos vivos a 17 quilómetros de altitude.
Chandra Wickrmasinghe é um dos pioneiros da teoria de que a vida terrestre teria origem numa «semente espacial» há cerca de quatro bilhões de anos, e que mesmo a vida primitiva pode ter «chegado» do espaço.
A localização deste micróbio foi o que mais impressionou Wickrmasinghe e não a sua composição.