O buraco na camada de ozono pode começar a diminuir e há mesmo a possibilidade de se fechar completamente dentro de 50 anos, como foi hoje revelado por cientistas do painel internacional sobre Processos Estratosféricos.
A reunião, que se realizou na Argentina, sobre Processos Estratosféricos, apresentou conclusões inesperadas acerca do buraco na camada de ozono. De facto, foi veiculada a informação de que o buraco de ozono possa desaparecer num período de 50 anos.
Recolhas de dados efectuadas pela estação monitora do Cabo Grimm, na Tasmânia, mostram que os níveis de clorofluorocarbonos (CFCs) na atmosfera, começaram a diminuir, desde que a Revista Britânica do Antárctico, em 1985, descobriu o buraco no ozono..
A NASA revelou há três meses que o buraco do ozono tinha aumentado para mais de 28 milhões de Km2, e que tinha atingido, pela primeira vez, a ponta sul da América do Sul.
Agora depende dos países com peso na cena política internacional continuarem a seguir os preceitos do Protocolo de Montreal, que baniu o uso de CFC. A diminuição do buraco do ozono só pode acontecer mediante um decréscimo dos níveis de radiação ultravioleta em todo o mundo.
O líder do painel que se reuniu na Argentina, Allan O' Neill, cientista da universidade de Reading, afirmou que as perpectivas de inverter o aumento no buraco do ozono justificavam as tentativas de desenvolver soluções globais para os problemas ambientais.
Os 300 cientistas reunidos em Buenos Aires publicaram os últimos dados recebidos da estação monitora da atmosfera global, no Cabo Grimm, dados esses que indicavam uma redução, nos últimos dois anos, dos CFC utilizados na medicina, equipamewnto de luta contra incêndios, e em outras aplicações industriais, bem como o uso de CFC em utilizações domésticas.
A União Europeia reduziu o consumo de CFC de 300 mil toneladas, em 1986, para 2.300, em 1998. No Japão o consumo desceu de 118 mil toneladas para zero, enquanto que nos Estados Unidos o seu uso baixou de 306 mil para 2.500 toneladas. A Rússia baixou, igualmente, o seu consumo de 100 mil para 1.000 toneladas.
Entre os grandes países, aepnas a China aumentou o consumo de CFC, de 29 mil toneladas para 51 mil, em 1997.