Um grupo de cientistas da NASA envolvidos no projecto da sonda «Galileo»encontrou vestígios de um provável oceano com uma extensão de 200 quilómetros na maior lua de Jupiter, Ganymede.
A sonda «Galileo» captou imagens da maior lua de Júpiter que sugerem a existência de água salgada, aquecida pelo núcleo do planeta, segundo um estudo científico publicado hoje pela NASA.
A novidade encontrada em «Ganymede» vem lançar novas esperanças para descoberta de vida noutros planetas para além da Terra, na medida em que a água é o elemento chave para a existência dos seres vivos.
«São informações absolutamente fantásticas», afirmou James W. Head III, cientista da Universidade de Brown.
Mas as regras que são válidas para o «Planeta Azul», ou Terra, podem ser falíveis no espaço. Apesar de todas as dúvidas, os cientistas encontram-se confiantes. O grupo de investigadores pode estar mais perto de encontrar extraterrestres.
As imagens sugerem um oceano, com uma extensão de cerca de 200 quilómetros, onde a temperatura da água não será mais fria do que aquela que se encontra na Antártica.
Margaret Kivelson, da Universidade da California, sustenta que as informações captadas em Maio deste ano pela Galileo sugerem com evidência que um líquido salgado existe em Ganymede.
De qualquer forma é necessário fazer uma ressalva: o estudo da NASA não trás certeza absoluta que exista água perto de Júpiter, onde as temperaturas atingem os 173 graus Celsius negativos.
A hipótese de um oceano na maior lua de Júpiter foi registada por uma nova tecnologia que permite captar imagens de alta definição.
As informações fornecidas pela sonda espacial Galileo mostram ainda a provável existência de uma emissão química na superfície de Ganymède com uma composição semelhante aos elementos que permitem a vida na terra.
A maneira como estas substâncias se formam no maior satélite do sistema solar é ainda um mistério.