Os testes clínicos da primeira vacina experimental anti-SIDA começam quarta-feira. A patente será propriedade conjunta da Universidade de Nairobi, do Centro de Pesquisa Médica e da Iniciativa Internacional para uma Vacina Anti-SIDA.
Os testes clínicos da primeira vacina experimental anti-SIDA, desenvolvida por cientistas quenianos e britânicos, começam quarta-feira no departamento médico da Universidade de Nairobi.
Um acordo para a partilha das receitas e um pacto de propriedade comum da patente deverão ser assinados durante o lançamento dos testes.
A patente será propriedade conjunta da Universidade de Nairobi, do Centro de Pesquisa Médica e da Iniciativa Internacional para uma Vacina Anti-SIDA.
A vacina é concebida para ser a mais eficaz contra a subcategoria A do vírus HIV que é a forma mais conhecida da doença no leste de África.
A vacina foi desenvolvida depois de os britânicos e os seus homólogos da Universidade de Nairobi terem observado várias prostitutas de um bairro degradado da capital do Quénia que pareciam imunes apesar da exposição regular à doença.
Os investigadores estabeleceram que entre três mil mulheres, 30 estavam imunizadas contra o vírus causador da doença e nunca o contraíram.
Noutras 60 mulheres, portadoras do vírus durante pelo menos 12 anos, nunca se manifestaram os sintomas da doença.
A vacina experimental baseia-se no sistema imunitário destas mulheres resistentes ao vírus e nos sobreviventes à doença a longo prazo.