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Grã-Bretanha autoriza a clonagem terapêutica

Já é legal a clonagem de embriões humanos na Grã-Bretanha. O parlamento britânico aprovou uma lei que permite a clonagem para o tratamento de doenças incuráveis como as de Alzheimer, Parkinson ou Huntington.

Por 366 votos contra 174, o Parlamento britânico aprovou hoje, terça-feira, a proposta do Governo de Tony Blair que autoriza a clonagem de embriões humanos para fins terapêuticos - uma investigação controversa mas promissora para muitos milhões de doentes.

O Governo Trabalhista surpreendeu a sociedade britânica ao anunciar, em Agosto, que pretendia autorizar os cientistas a clonar embriões humanos para utilizar as suas células como «peças de substituição» no tratamento de doenças incuráveis como as de Alzheimer, Parkinson ou Huntington.

A lei britânica permite, desde 1990, a clonagem de embriões para fins científicos, unicamente para solucionar problemas de esterilidade e com um limite de utilização de 14 dias.

Os parlamentares britânicos decidiram alargar a lei existente (baptizada de Human Fertilisation and Embriology Act) para autorizar a utilização de embriões no tratamento de outras doenças.

Os cientistas acreditam que as células dos embriões podem revolucionar o tratamento de doenças degenerativas (como é o caso da doença de Alzheimer e de Parkinson) particularmente quando as células são obtidas através da tecnologia utilizada para clonar a ovelha Dolly.

A ministra Britânica da Saúde, Yvette Cooper, disse hoje no parlamento que a pesquisa na área da clonagem humana pode ser a «chave para a cura das doenças humanas» podendo dar esperança de vida, não só àqueles que sofrem de doenças degenerativas mas também às vítimas de cancro e de doenças cardíacas.