O conhecido físico nuclear e académico francês, Louis Leprince-Ringuet, morreu aos 99 anos na sua casa em Paris, segundo informou ontem a família. Ringuet notabilizou-se pelo seu compromisso humanista, cristão e pelas suas ideias culturais.
O conhecido físico nuclear e académico francês, Louis Leprince-Ringuet, morreu aos 99 anos na sua casa em Paris, segundo informou ontem a família.
Nascido a 27 de Março de 1901 em Arles, Louis Leprince-Ringuet ficou conhecido pelo seu compromisso humanista, cristão e pelas suas ideias culturais.
Inicialmente, Leprince-Ringuet foi engenheiro de telecomunicações, mas a sua vocação para a Física - mais especificamente para os «raios X» - foi despertada quando conheceu o cientista Maurice de Broglie, em 1929.
Formou-se pela Escola Politécnica em 1920 e douturou-se em 1933.
Em 1949, entra para a Academia de Ciências e, dois anos mais tarde, para a direcção da Comissão de Energia Atómica (CEA).
Em 1956 assumiu a vice-presidência do Comité Científico do Centro Europeu de Investigações Nucleares (CERN), onde chegou a presidente, oito anos depois.
Leprince-Ringuet ocupou uma cátedra de física nuclear, desde a morte de Fréderic Joliot-Curie, em 1959.
Foi também autor de várias obras de divulgação científica como «Rayons cósmiques», «Les inventeurs celelbres», «Des átomes et les hommes».
«Le grand merdier», «La potion magique» e «Les Pieds dans le plat» são outras das obras do cientista, que estabelecem uma reflexão sobre a sociedade moderna.
A presidente da Academia Francesa, Hélène Carrère d'Encausse, declarou-se «profundamente consternada» pela morte de Leprince, particularmente por que ele gostaria de ter vivido um século, para ser o primerio centenário dos membros da Academia.
Jacques Chirac disse mesmo que a França «perdeu uma das suas maiores inteligências e um homeme que viveu os valores humanísticos que a França representa».