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Futebol: muita emoção, pouca saúde

Embora seja uma paixão de muitos, o futebol não deve ser levado muito a sério. Afinal, de acordo com um estudo holandês, a emoção sentida durante o jogo pode vir a prejudicar irreversivelmente a saúde.

Por todo o mundo existem amantes do futebol. Pessoas que param tudo o que têm a fazer só para assistirem a um joguinho ao vivo ou mesmo na televisão. Acontece que as emoções são tantas que se podem tornar prejudiciais à saúde.

Um estudo realizado na Holanda confirma que o futebol é um desporto que tanto acende paixões, como também pode causar problemas de saúde.

Cientistas holandeses descobriam que no dia em que a Holanda foi eliminada do Euro 96, o número de mortes por ataque cardíaco e acidentes vasculares aumentou 50 por cento entre a população masculina do país, embora não tivesse havido qualquer alteração entre as mulheres.

O estudo, publicado no «British Medical Journal», revelou que, em comparação com os cinco dias anteriores e posteriores ao jogo, nesse preciso dia aconteceram 14 mortes a mais do que o normal.

Para garantir que não se tratava de uma coincidência, o professor Diederick Grobbee, do Centro Médico Universitário de Utrecht, comparou as mortes com as do mesmo período de 1995 e 1997.

«O que aconteceu foi que esse jogo, em particular, provocou um aumento do número de mortes. Foi uma disputa dramática, que acabou empatada zero a zero e teve que ser decidida nos penalties», disse Grobbee.

Alguns dos factores que se combinam nessas ocasiões e que, sem dúvida, podem elevar os riscos são: o aumento dos níveis de stress mental e emocional, o maior consumo de bebidas e cigarros e, frequentemente, o excesso de comida.

Os cientistas consideram que esses elementos contribuem para o aumento do número de mortes durante e depois do jogo. «Um jogo decisivo e a combinação de vários desses factores num determinado momento podem provocar um ataque cardíaco ou uma embolia», disse Grobbee.