O foguetão que desapareceu dos ecrãns de controlo pouco depois de ter descolado incendiou-se, não tendo chegado a despenhar-se no norte do Extremo Oriente russo, como a Agência Espacial russa havia divulgado.
O foguetão ucraniano Cyclone-3, perdido pouco depois do seu lançamento, quarta-feira, com seis satélites russos a bordo, destruiu-se ao atravessar as camadas densas da atmosfera, não tendo chegado a despenhar-se, segundo as últimas informações divulgadas pelo cosmódromo militar de Plessetsk.
O terceiro andar do foguetão e os satélites que transportava incendiaram-se nas camadas da atmosfera, no norte do Extremo Oriente russo, precisou o cosmódromo, a base de lançamento do Cyclone-3.
Esta informação vem contradizer o anúncio feito um pouco antes pela Agência Espacial russa, referindo que o aparelho se tinha despenhado.
O ministro da Defesa atribuiu o acidente a um defeito de fabrico no terceiro andar do lançador.
«Uma comissão especial foi criada para determinar as causas exactas» do acidente, indicou um porta-voz governamental.
O Ministério da Defesa e a Agência Espacial eram os proprietários dos satélites que seguiam a bordo do foguetão.
O foguetão Cyclone, concebido e construído pela empresa Ioujmach, na região leste da Ucrânia, pode colocar satélites em órbita até uma altitude de mil quilómetros, segundo a Agência Espacial russa.
Se tudo se tivesse processado normalmente, o Cyclone-3 deveria ter colocado em órbita os seis satélites cerca de 40 minutos depois do seu lançamento do cosmódromo de Plessetsk, quarta-feira, às 19:02 TMG.
Este novo incidente segue-se a uma importante falha de comunicação com a estação espacial Mir.
A torre de controlo perdeu o contacto com o foguetão duas horas após o lançamento.