A participação europeia na construção da Estação Espacial Internacional é um exemplo de que a Europa pode ser considerada uma potência espacial, consideram o comissário europeu para a Investigação e o responsável pela ESA.
O comissário europeu para a Investigação, Philippe Busquin (na foto), e o responsável da Agência Espacial Europeia (ESA), Antonio Rodotà, defendem que a Europa já é uma potência espacial.
Para estes responsáveis, a participação europeia na construção da Estação Espacial Internacional (EEI), marcada, nomeadamente, pela presença do italiano Umberto Guidoni no complexo, são um exemplo da posição que defendem.
Guidoni é membro da tripulação do vaivém Endeavour, que realiza actualmente a missão de instalar na EEI um braço robótico canadiano.
Esta tarde, às 15:00 TMG (16:00 hora de Lisboa), o presidente da Comissão Europeia, Romano Prodi, e Rodotà vão manter uma comunicação em directo com o astronauta italiano e com o responsável da EEI.
Busquin sublinhou que «a Europa pode confirmar-se como uma potência espacial porque os Estados europeus souberam, desde os anos 60, unir meios na investigação e desenvolvimento e coordenar esforços em grandes programas científicos».
O comissário destacou a importância da ESA, organismo em que estão representados todos os membros comunitários, incluindo Portugal, à excepção da Grécia e Luxemburgo.
Segundo Busquin, a Europa investe muito menos que os Estados Unidos no sector do espaço, mas conseguiu alcançar uma quota de mercado de 50 por cento.
De acordo com o comissário, a indústria espacial europeia emprega 33 mil pessoas e tem um volume de negócios de 5500 milhões de euros (1100 milhões de contos).
A Comissão Europeia e a ESA criaram um grupo de trabalho conjunto para aprofundar a cooperação entre ambas as instituições.