A Nasa desmentiu hoje ter dado luz verde para o lançamento, sábado, da nave Soyuz que levará o primeiro «turista» até à EEI. O anúncio da concordância da Nasa havia sido feito momentos antes por um porta-voz da Agência Espacial Russa.
A Nasa desmentiu hoje, em Moscovo, ter dado luz verde para o lançamento sábado da nave Soyuz que levará o primeiro «turista» até à Estação Espacial Internacional (EEI).
O anúncio da concordância da Nasa havia sido feito momentos antes por um porta-voz da Agência espacial russa, entidade a quem o empresário norte-americano Dennis Tito vai pagar 4,4 milhões de contos pela experiência.
«Não é verdade», disse Carlos Fontanot, director da representação da Nasa em Moscovo a propósito da alegada concordância da Agência espacial norte-americana.
A Nasa pediu a Moscovo o adiamento do lançamento da nave Soyuz TM-32 que deverá levar Tito e dois cosmonautas para a EEI alegando problemas informáticos a bordo da plataforma orbital.
«Continuamos a trabalhar nos computadores a bordo da EEI e isso é um processo longo, disse Fontanot, recordando que a Nasa pediu um adiamento de 48 horas do lançamento da nave Soyuz, que se encontra já na rampa de lançamento em Baikonur, Cazaquistão.
Riscos
Entretanto peritos da Agência espacial russa concluíram que a
nave Soyuz que levará o «turista» pode acoplar à plataforma
orbital apesar do vaivém ali se encontrar também acostado.
A tripulação do vaivém continua a tentar ajudar a resolver
problemas informáticos detectados nos sistemas da plataforma
orbital.
Os técnicos da Nasa temem que as duas naves se aproximem demasiado durante a manobra de acoplagem da Soyuz e que o
volume do vaivém prejudique o sinal que a EEI emite para a
acoplagem automática da nave russa, obrigando a tripulação a
efectuar a manobra em modo manual, que comporta mais riscos.
A Soyuz que segue para a EEI é a nave de emergência que
permanecerá acoplada à estação, uma vez que a que lá se
encontra aproxima-se do termo do seu prazo de validade (seis meses).
Tito e os dois cosmonautas que o acompanham regressarão na outra nave Soyuz que se encontra acoplada à plataforma orbital há seis meses.