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Genoma do rato descodificado em 99 por cento

A sociedade norte-americana Celera Genomics anunciou hoje num comunicado ter descodificado o genoma do rato em 99 por cento e comparado os genes de três espécies.

Em Fevereiro, um investigador da empresa, Mark Adams, indicara já que se aproximava da realização de mais de 90 por cento da carta genética do rato.

A Celera Genomics precisou ter sequenciado um total de mais de 15900 milhões de pares de bases entre os tipos de ratos estudados, a fim de duplicar as cartas e reduzir os riscos de erro. O genoma de um rato tem cerca de 2600 milhões de pares de bases.

«O rato é um modelo biológico-chave utilizado pelos investigadores de todo o mundo para determinar como se declaram e evoluem as doenças do homem, porque os ratos podem desenvolver ou ser levados a desenvolver um grande número de doenças que afectam o homem», afirmou, em comunicado, o presidente da Celera, Craig Venters.

A Celera começou a sequenciar o genoma do rato em Abril de 2000 e procedeu com o mesmo método que utilizou para descodificar o do homem, tomando todo o ácido desoxirribonucleico (ADN) do animal, dividindo-o ao acaso e reconstituindo o puzzle através de computadores extremamente poderosos.

A descodificação do material genético do rato constitui uma etapa muito importante para compreender a especificidade do genoma humano. De facto, os dois mamíferos que são o homem e o rato só recentemente, na escala da evolução das espécies, divergiram, e possuiriam até 90 por cento de genes idênticos.

Redação