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Cafeína pode prevenir doença de Parkinson

A ingestão de cafeína poderá reduzir o risco da doença de Parkinson, concluíram investigadores norte-americanos. Outro estudo vai no mesmo sentido ao concluir que quem bebe café regularmente tem muito menos riscos de desenvolver a doença.

A ingestão de cafeína, prejudicial em muitos casos, poderá reduzir o risco da doença de Parkinson, concluíram investigadores norte-americanos num artigo publicado numa revista científica dos EUA.

Em experiências feitas em ratos por cientistas do Hospital Geral de Massachussets (MGH), a administração de cafeína impediu o desaparecimento no cérebro da dopamina, um neurotransmissor de que as células cerebrais (neurónios) precisam para comunicar entre si.

A cafeína funciona como inibidor dos receptores A2A que se situam em neurónios próximos dos neurónios produtores de dopamina, os mesmos que degeneram na doença de Parkinson, bloqueando um «ponto de ancoragem» que permite a uma molécula, a adenosina, aí se fixar.

Apesar de os resultados deste estudo darem «crédito à natureza neuroprotectora da cafeína», ainda é cedo para saber se as conclusões dos investigadores se poderão transpor para o Homem.

Em estudo a publicar proximamente, investigadores da Universidade de Harvard apoiam as conclusões do estudo do MGH, já que concluíram que os homens que bebem regularmente café (mais de cinco chávenas por dia) têm muito menos riscos de desenvolver a doença de Parkinson do que os que não o bebem.

Entre as mulheres, foram comprovados os mesmos resultados, mas em quantidades menores (uma a três chávenas por dia).

Redação